A casa surgiu de forma completamente inesperada. Sem nunca a querer comprar, legalmente a Casa de Pax pertence à Paula Alves e encontra-se cedida à Associação Fazedores da Mudança até ao momento em que surgir uma Fundação à qual a casa será entregue.
Mas tudo começou assim....
"A menina não pode sair desta aldeia sem ver primeiro a casa que vai comprar”!
Estas foram as palavras proféticas ditas por uma senhora que encontrei na aldeia durante a minha primeira visita. Estávamos em fevereiro de 2009, na minha terceira ou quarta visita a Vila de Rei.
Confesso que nunca tive curiosidade em ir a Água Formosa – a primeira aldeia para quem vem de sul da Rede das Aldeias do Xisto - e muito menos compraria uma casa naquele lugar, não só porque não tinha dinheiro como não tinha o mínimo interesse. E para agravar, a casa foi construída “colada” ao monte. Jamais compraria uma casa nestas condições. Contudo a vida tem destas coisas! Prega-nos partidas!
Depois de sair da aldeia, durante a noite, acordei com a ideia de que aquela casa me tinha escolhido e que a tinha de comprar.
Seguindo este “chamado” e abreviando a história, passado um ano estava a comprar a casa. No entanto, senti sempre desde o primeiro momento que a casa não é minha. Eu é que sou da casa e tenho por tarefa, reconstrui-la.
Em 2010 foi feita escritura da casa e desde então, todos os meses pago as prestações do empréstimo que tive de contrair para a poder comprar. Neste momento a casa está cedida à Associação Fazedores da Mudança e sei que quando estiver reconstruída surgirá, algures no tempo, uma Fundação a quem a vou entregar.
A casa tem uma missão e tudo flui para que se possa materializar a partir da aldeia Água Formosa, bem no coração de Portugal, concelho de Vila de Rei, distrito de Castelo Branco.
Parece mágico não é?!
Ainda que a tarefa da reconstrução da Casa de Pax seja sentida como minha responsabilidade, vão chegando as pessoas que se juntam a mim nesta tarefa e com elas, os meios e o dinheiro necessário.
À Vida e a cada um de vós, a minha profunda gratidão por escutarem os vossos corações e serem capazes de dizer SIM. Sim eu apoio a reconstrução da Casa de Pax!
(Paula Alves)
Com o teu apoio conseguimos reconstruir a Casa de Pax.